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terça-feira, 29 de maio de 2012

Como o GPS pode estragar uma vida

Forcei a barra, o certo seria:
Como o GPS pode diminuir uma alegria.

Em 2009 firmei minha melhor marca nos 10km: 43’50’’ na Poa Night Run.
Fui lá, sentei o sarrafo e fiquei muito feliz quando o relógio marcou sub44’. Acreditei na marcação, ponto final, post no blog e quando rola o assunto falo: - 43’50’’, baita tempo.

Pois bem, nesse domingo corri a segunda etapa do SESI Corrida de Rua 201. Prova com poucos corredores, as 10h, com sol a pino.
Ao final dos 10km cravei 43’43’’. Novo recorde mundial para categoria “nascidos em dezembro de 1981 no Ernesto Dorneles, morenos, destros, 90kg, Colorados que viram o UFC na noite anterior” (*).
Porra, deveria estar mais feliz que aquele 43’50’’ de 2009, mas o maldito GPS acusou 9,73km.
Ahhhhh se eu não tivesse comprado essa porqueira...

Saí forte, quebrei, mas consegui administrar o sub45’, que era o objetivo. Conseguiria fazer sub45’ projetando o ritmo do último km.







(*) Nessa categoria eu ganho, afinal devo ser o único

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dias de Fúria

Eu andava meio brabo comigo. Tenho corrido muito menos que o normal. Ando sem vontade de correr e isso me dava algum peso na consciência, nada que me consumisse, mas algum peso...
Hoje a achei algo que avaliza meu comportamento, então to tranquilão. Hahahahha

Outra Sobre Samurais

Coitado do 207. A brabeza não era tanta assim...

sábado, 3 de abril de 2010

O fim do túnel

Já havia chegado à uma conclusão no começo de março, mas nessa última semana consegui executá-la. Sou viciado em endorfina. Quando as coisas estiverem ruins, mando tudo longe e vou treinar.

Essa quinta foi assim, me incomodei durante a manhã. Na hora do almoço, troquei a comida por uma corridinha. Tudo corrido: ida até a casa, troca de roupa, a corrida, banho, batida e volta para o trabalho. Apesar de tudo, cheguei tranqüilo e aliviado. A incomodação que prometia um feriado cheio de preocupação foi resolvida com muito menos ansiedade. E to curtindo um feriadão em Porto.

A corrida foi bem tranqüila, nem levei relógio, foram 7,4km feitos em não sei quanto tempo, curtindo o solzinho.

Acho que to vendo o final do túnel da fase ruim.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Médica da PUCRS

Como as pessoas em geral gostam de compartilhar seus feitos. Essa história de blog é isso, coisas de que me orgulho são colocadas aqui. Outras que não me orgulho acabam vindo tb, mas em muito menor quantidade.

Tenho uma variz na panturra esquerda. Não sabia que estava tão vistosa, para ser notada enquanto caminho e de relativa distância. O cardio-vascular que fui para tratar, disse que o problema é apenas estético e deve ser oriundo de hereditariedade agravada pelo ferro. Marombeiro que se preze coloca mais carga ou faz mais repetições que devia. Nesse momento fazemos a apnéia que aumenta a pressão intra-abdominal e dificulta a volta do sangue pelas veias.

Dei essas duas voltas para comentar algo que ocorreu hj. 6:40 da matina, saindo de casa para ir para ESEF, cruzo com um senhor passeando com um cachorrinho. Ele brincou com minha camisa vermelha, que o Inter tinha que começar suar desde cedo para ganhar dos Equatorianos... respondi a brincadeira e segui o caminho. Quando já estava uns 10m escutei sua voz, mesmo de fone: “O que é isso na perna? São varizes?”... e adiantou o passo para me alcançar e contou toda a história da cirurgia dele “pode ver ta lisinha, oh, oh olha”. A intenção dele foi muito boa, afinal um cara novo com varizes não é comum, ele só queria me dar a dica do que deu certo para ele. A pior parte é ter que educadamente dar um corte nele para não me atrasar para o trabalho depois do treino. Para quem interessar possa, quem resolveu as varizes dele foi a Dr. Luciana Barrinuevo do 6º andar da PUCRS. ;)

Dentro da musculação existem diversas teorias: única série, várias séries, pirâmides, pirâmides inversas... O único consenso é: dedicação aos treinos e progressão mensurável de cargas, repetições e/ou intensidade levam ao objetivo.

Não sei a ‘teoria’ que uso na corrida é a certa, mas mensurei uma progressão no treino. Fiz o mesmo treino da semana passada, 800m fortes intercalados com 800m fracos. Fui em média 4’’ mais rápido que na semana passada, pode parecer pouco mas são 6’’ a menos em 1km. Numa prova de 10km é um minuto a menos. Se eu fizesse 10km em 42’:50’’ mais ninguém me agüentaria de tanto ‘exibimento’ que ia ficar.


Distância Tempo Pace
2,43 00:13:20 0:05:29
0,80 00:03:00 0:03:45
0,80 00:05:00 0:06:15
0,80 00:03:00 0:03:45
0,80 00:05:00 0:06:15
0,80 00:03:06 0:03:53
0,80 00:05:00 0:06:15
0,80 00:03:10 0:03:58
0,80 00:05:00 0:06:15
0,80 00:03:12 0:04:00
2,43 00:13:40 0:05:37

Comparação entre os treinos.
Data Tempo distância Pace médio Previsão para 10km (*)
11/3/2010 00:03:10 0,8 00:03:58 00:39:35
4/3/2010 00:03:06 0,8 00:03:52 00:38:40
(*) impossível para mim

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pq não estou na cama, como todo mundo?

Por que?!
Se não há medalhas, nem troféus
Se não tem torcida, aplausos, nem hinos de vitória
Só o silêncio
Porque então?!
Se não há dinheiro, nem contratos
Se não tem flashs, câmeras, nem pódiuns, nem glórias
Talvez, só uma luz
Onde estão as pistas, os campos, as quadras, os estádios
Onde estão os adversários, os rivais
Onde está o tempo?
E o limite, onde está o limite?!


Pq? Para mim, a resposta é fácil. Eu gosto. Meu dia rende mais. Me sinto desperto desde cedo. E acho que o treino rende mais. Atualmente está sendo difícil conciliar treino cedo com festa até tarde, mas está sendo assim.

Sou um cara emotivo, então essas coisas de motivação funcionam comigo. Quando está relacionado com algo que gosto, funciona ainda melhor.
Gosto de todas as campanhas publicitárias de material esportivo que sejam relacionadas à superação.

Esses dias, correndo pela Nilo vi o outdoor da Olypikus com a campanha “Inspire-se”.
É bala, mas a Universal Nutrition já usou essa e ficou melhor. O foco era o pessoal da maromba pesada, mas a idéia é a mesma.


Hj acabei usando dessa idéia para levantar. Quando o despertador tocou as 5:45, deixei ele tocar até parar, a função soneca que programei é curta (4’). Quando tocou pela segunda vez o alarme, pensei em desligar e dormir até a hora de ir trabalhar. Por algum motivo as duas imagens me vieram à cabeça. “Se o bonitinho ta treinando às 5:38, não vou ser eu que me entregar”. Me senti culpado só por pensar em ficar dormindo, o que dirá ficar dormindo para não correr? Saí da cama, comi e fui para a ESEF, conforme tinha me planejado para fazer.
O mais curioso foi o resultado que isso deu no meu dia. Me orgulhei por não optar pelo mais fácil.

Sobre o treino? 800m fortes e 800m no trote, 4 ‘ciclos’ e meio.

Tempo Distância KM Pace

00:13:40 2,43 0:05:37

00:03:06 0,80 0:03:53

00:05:00 0,80 0:06:15

00:03:08 0,80 0:03:55

00:05:00 0,80 0:06:15

00:03:08 0,80 0:03:55

00:05:00 0,80 0:06:15

00:03:12 0,80 0:04:00

00:05:00 0,80 0:06:15

00:03:16 0,80 0:04:05

00:13:40 2,43 0:05:37

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Improvisação

Quando comecei a lutar, o “professor assistente” costumava dizer “Tu é gente boa, mas é burro para cara!#@” quando alguém fazia algo que ele considerava burrice. Era um gurisão de 23-24 anos, o ímpeto da juventude o impedia de medir as palavras.

Hoje, quando dei de cara com o portão fechado da ESEF falei para mim mesmo “Tu é gente boa, mas é burro para cara!#@”. Errar é humano, persistir no erro é burrice. Numa sexta desse verão fui correr na ESEF depois do trabalho e dei de cara com o portão fechado. Persisti no erro, logo é burrice. Durante janeiro e fevereiro todos os campi da UFRGS encerram expediente as 12h de sexta.

Como tinha planejado um intervalado, já tinha aquecido de casa até lá, improvisei do jeito que deu. Usei o corredor de ônibus da 3ª Perimetral. Olhei de uma sinaleira a outra e chutei “500m”, errei por pouco, de uma faixa de segurança a outra são 520m, conforme o mapmyrun.

Foram 4 tiros de 0,52km feitos em média em 1’:50’’, ótimo
pace para mim, 3’:32’’.

Depois, trotei até a Ipiranga esquina com Salvador França, de onde fui até a Ipiranga esquina com Vicente da Fontoura em ritmo forte, +ou- tempo run. Depois trotezinho até perto de casa.

Tempo Distância Pace Intervalo Descrição
00:14:00 2,43 0:05:46
Aquecimento até a ESEF
00:01:52 0,52 0:03:35 1' 1º tiro
00:01:49 0,52 0:03:30 1' 2º tiro
00:01:53 0,52 0:03:37 1' 3º tiro
00:01:50 0,52 0:03:32 1' 4º tiro
00:04:15 0,78 0:05:27 1' Trote até a Ipiranga
00:08:08 1,86 0:04:22 0' "tempo run" até a Vicente da Fontoura
00:08:50 1,51 0:05:51



Falando em jiu jitsu, esses tempos, cruzei com um amigo que ainda luta. Papo vai, papo vem, e aquela frase surge “Aparece lá para dar um rolinha com a galera”. Já vinha com uma pulga atrás da orelha. Aquele papo deu um novo gás para a pulga. Hoje, fui na academia conversar com a galera. O fedor de kimono suado, passagens de guarda, raspadas e o pessoal brincando no pós-treino transformaram a pulga anabolizada num leão gritando no meu ouvido.

Se os números fecharem vou tirar a poeira do kimono o quanto antes. Os números são: horários, valores, integração com a corrida e demais empecilhos. Outra coisa que pesa contra o jiu jitsu é uma discopatia degenerativa com ruptura do ânulo-fibroso entre as vértebras C5 e C6.


Para quem gosta a luta gera uma sensação de poder e auto-estima indescritíveis. Somando essas sensações e cabeça fraca surgem os pitboys. Já as sensações mais cabeça boa resultam em caras que relevam desaforos por saber que com certeza machucariam um irritadinho desaforado.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Não recomendo!!










Crianças, não tentem isso em casa.

Em 2008 ou 2009 a corrida tomou importante papel na minha vida ocupando uma fase ruim. As coisas melhoraram e corrida continuou na minha vida.
Em outra fase ruim, está sendo difícil conciliar a melhora de performance com o rumo que a vida tomou.
Dizem que a felicidade não é o destino, e sim o percurso até lá. Eu to indo.

Uma vez li no blog do Lucas Pretto que um triatleta de elite almoçava e ia imediatamente treinar para se adaptar a sensação de desconforto que isso proporcionava. - Fui procurar e faz exatamente 1 ano e 2 dias da postagem, coincidência.
Esses dias vi no Na Roda (que ontem me deu uma moral) um comercial de cerveja protagonizado por Lance Armstrong. Só não considerei a parte da moderação.

Mesclei as duas situações. Cheguei da noite as 7:40, tomei uma ducha, um café preto bem forte e saí para correr. Peguei um ônibus até o Praia de Belas e saí de lá. Saí sem relógio, não faço a menor idéia de quanto tempo fiz esses 11km. Tudo que eu havia consumido durante a noite não gerou nenhum desconforto, pelo contrário, até enganou, visto que agora meus joelhos e pernas estão bem doloridos.

Acredito que não fez bem para o corpo, mas a cabeça ta precisando!!!!

Pior que eu, só o pessoal de uma rave que tava tendo naquele horário e não tinha cara que ia acabar tão cedo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Pé na Jaca!!

Esse final de ano está sendo, como todos os outros, festivo. Muitas confraternizações e muitos brindes, muitos brindes.
Já encerrei meu “treinamento” esse ano, cumpri meu objetivo (baixar dos 45’: POA Night Run e SESC). Nem me inscrevi na última etapa do Circuito das Estações, pq na véspera tinha o churra de final de ano da minha galera. Continuo tentando manter a estrutura do treino, sem deixar de aproveitar as confraternizações e os brindes.

O longo do findi foi de 20,05km em 1:38’:45’’, pace de 4’:56’’, mesmo com vento forte contrário. Ali na Diário de Notícias teve uma hora em que uma rajada de vento chegou a me balançar.
O citado churra foi marcado para a sede campestre da Fundação Rubem Berta, lá na zona sul, combinei com um amigo de levar minhas coisas. E o percurso do treino foi o caminho até lá. Nilópolis, Protásio, Redenção, Perimetral e do Gasômetro fui sempre costeando o Guaíba. Quando planejei o percurso esqueci da subidinha onde a Wenceslau Escobar vira Cel. Marcos. Subidinha ingrata para quem já ta no final.

O treino foi só mais um de 20km, nada de mais. Mas o pós-treino foi violento: duas churrascadas, um futebolzinho comprometido pela inabilidade e vodka on the rocks. O resto da tropa se encarregou do chopp.

E pelo que parece o pós-treino de hj será parecido.



FFAGP 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Forrest Gump


Eu não sou contador de histórias. Pelo menos não as invento.
Antes do Forrest Gump sair correndo de costa a costa dos EUA, ele começa a ir e voltar correndo de qualquer lugar. Ia até o centro comprar algo, ia correndo. Para a escola, ia correndo. A este ponto nunca acontecerá comigo, mas em ocasiões que dê para casar o figurino suado, ta valendo.

É a segunda vez que vou para o jogo do Inter correndo. Vou correndo, como algo, assisto o jogo e volto correndo.

A primeira vez deu mais certo, tocamos 4 a 0 no Goias, saí meio atrasado de casa, peguei um ônibus até o Mercado Público e de lá fui correndo até o Gigante. Cheguei aos 30' do 1º tempo, nem deu tempo de ver o Fernandão ser expulso e perdi os 2 primeiros gols do Inter. Voltei tranquilão, 4 X 0 e uma corridinha para aproveitar.

Ontem a coisa já não foi tão boa. Internacional 1 X 1 CAP, com um gol sofrido aos 44' do 2º tempo. Alecsandro, que não fez nada o jogo todo, justificou sua presença com uma casquinha de cabeça e empatou o jogo. Centroavante é para isso mesmo.
A história do ônibus até o MP não vale a pena. Gasto mais tempo com o ônibus de casa até o MP e correr até o Gigante do que sair de casa até o Beira-Rio correndo. Ontem, saí com 40' antes do jogo e cheguei a tempo. Sofri o jogo todo com um time que não consegue sair jogando, obviamente a bola não chega redonda na frente e peca em fundamentos. Quando saí do estádio, cheguei a ficar com vergonha, todo mundo puto da cara e eu não, sabia que ia dar uma corrida. Tive que me policiar para não ficar sorrindo no meio da multidão vermelha enfurecida.

Acho que é a melhor opção: não me encomodo com trânsito e estacionamento e fico menos brabo com resultados adversos, porém perco o aquecimento com os amigos e o goró...

Internacional 4 X 0 Goias
Internacional 1 X 1 CAP

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Corrida dos Carteiros & Correndo 24horas


Corrida dos Carteiros

Vou correr a prova dos Carteiros. Vou tentar fazer um bom tempo, mas sem aquela cobrança da etapa Primavera da Adidas. Maior a expectativa, maior a decepção.

Tenho três semanas até lá, acho que dá para fazer alguma coisa.

Ano passado, essa prova teve ótimo custo-benefício: chip, kit, hidratação, medalha por só 2kg de alimentos. Esse ano já custará 4kg, o que continua representando ótimo custo-benefício.

Ontem mesmo me inscrevi, aproveitei o embalo e inscrevi tb a patroa. Quando a comuniquei, ela me intimou a treinar. Assim depois de muito tempo, corri dois dias seguidos, se bem que o segundo dia foi bem light: 7,66km em 45’:30’’.

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Correndo 24horas

Sábado, 19 de setembro, fui olhar o desafio de 24h no Barra Shopping, cheguei lá no encerramento. Os três que tentavam bater o recorde não conseguiram, fizeram “só” 200 ou 240km.
Para mim, essa grande kilometragem feita por eles é admirável, mas o legal mesmo foi ver duas pessoas daqui, que seguido cruzo com eles na rua, atingirem seus objetivos: o médico-monstro João Gabbardo com 150km e sua esposa Sabrine Berton com 120km.

Cheguei uma conclusão: quando houver grandes quantidades de grana nas ultramaratonas os recordes serão bem maiores. Quando houver muita grana os privilegiados geneticamente voltarão seus esforços para ultras.

Os atuais recordistas triunfam pelo esforço, não pelo talento somado ao esforço. Luciano Prado é o exemplo da minha teoria, ele é baixo e atarracado, e mesmo assim fez “só” 220km. Quanto faria se fosse um queniano com 1,8m, pernas até o pescoço e sua corrida fosse muito mais econômica?

Dessa maneira, as conquistas destes não geneticamente privilegiados é ainda mais meritória.

sábado, 15 de agosto de 2009

Dever quase cumprido & Nike 600km

Terminei hj a parte difícil do treino que visa diminuir meu tempo nos 10km. O treino consiste em 3 micro ciclos de 8 dias (1h leve, intervalado, 1h leve, fartlek) e o último micro ciclo de 8 dias com 3 corridas leves de 40’ e a prova da Adidas, sempre correndo dia sim, dia não.
Agora só restam os treinos leves para se preservar para a prova, seguindo a planilha que escolhi.



Normal o planejado, em negrito o realizado.



Essa é a 2ª vez que cumpro um treino específico para uma prova. A outra foi a minha 1ª meia maratona na 26ª Maratona Internacional de POA. Naquela vez me sentia mais confiante, o objetivo era “apenas” concluir em menos de 1:45’, não havia parâmetro para as comparações.
Essa vez tem.
E os treinos fortes foram tão sofridos em distâncias menores que os 10km, fico pensando se vai dar. Quando acabei o fartlek de hj quase morrendo fiquei meio pessimista. Mas enquanto escrevo, ouvindo Bob Marley e tomando um vinho, me deu uma sensação boa, quase de dever cumprido. Segui a planilha que elegi, levando a sério, agora falta a parte leve.
Nos tempos de jiu jitsu um mantra que muito ouvi era “Treino duro, luta fácil”. Uma mentira deslavada, nunca avisaram os oponentes que a luta deveria ser fácil. Mas era reconfortante, como está sendo agora. Treino duro, corrida da Adidas fácil.
Resta fazer os leves e me preparar para correr desconfortavelmente os 10km.
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Fiz quase todos os treinos na Ipiranga e na pista da Redenção, já estava de saco cheio desses percursos. Dei-me de presente os dois últimos treinos na Beira do Rio. Literalmente pela beira, sempre que havia como corri lá do lado do Guaíba, tb para poupar as canelinhas.
Em função disso, vi o pessoal da Nike preparando a estrutura da Seletiva POA da Nike 600km. Não tinha conseguido a informação precisa dessa seletiva pela web, e hj consegui.
Amanhã às 8h ocorre a Seletiva Porto Alegre, vou lá olhar, se o dia estiver bonito.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Uma baixa no treino

Depois de anos de companheirismo, sempre junto comigo, ele se foi!
Quando eu lutava jiu jitsu, muitas vezes ele avisava do final dos rolas. Nos campeonatos, avisou muitos dos meus companheiros sobre o restante da luta.
Nos tempos de maromba era ele quem ditava a dinâmica do treino. Nas marcas dos três grandes da musculação estava praticamente segurando a barra.
Ele estava comigo no meu melhor tempo dos 10km, tb estava no pior tempo. Esteve do meu lado durante minha primeira meia maratona e tb durante todo o treino para ela.
Depois de 9 anos de parceria, ele se foi. Meu relógio morreu de vez!
Não resistiu aos maus tratos, anos de suor corrosivo, banhos de mar, encontrãos nos mais diversos objetos... Ele finalmente descansou.
Ganhei da minha mãe de Natal em 1999. Eu ia fazer o vestibular e todos achavam um absurdo eu não cronometrar o tempo de resolução das respostas, de cada matéria e tempo de prova. Eu não usava relógio, achava desnecessário tanto cuidado com o tempo de vestibular e argumentei que nem tinha relógio. Para resolver a situação minha mãe "encomendou para o Papai Noel".
Impressionante como ele mudou minha vida.
Até então, o tempo simplesmente passava. Depois do relógio, eu passei a aferir quase tudo na minha vida.
No jiu jitsu, várias vezes usaram meu relógio para marcar o tempo dos rolas; em campeonatos várias vezes fiquei incumbido de marcar o tempo de luta e passar para lutador, ou fizeram isso para mim.
No ferro, intervalo entre uma série e outra era medido religiosamente na contagem regressiva. Estava no meu punho quando resolvi testar minhas repetições máximas.
Na corrida assume papel indispensável. Nunca corri sem relógio. Em rodagens ou longos, o cronometro normal da conta do recado. Em intervalados ou fartleks, regressivo para marcar o tempo total e cronometro para marcar os tempos e intervalos. Já arrumei um substituo temporário para me acompanhar na pista hoje, mas não foi igual.
Em função dos maus tratos, muito precocemente ele descascou toda a caixa de máquina e ficou feio, servindo só para treinos. Já tive/tenho outros, os sociais para trabalhar, mas aquele sempre foi o meu xodó.
Me sinto o Rocky Balboa tendo que ir no enterro do seu treinador, o Velho Mickey.
O coreano lá da galeria do Rosário que sempre trocou a pilha e já o arrumou algumas vezes, disse que não vale a pena consertar.
A esperança é última que morre. Vou levar em outro camelô para ver se tem conserto.

R.I.P

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"Runners, yeah, we're different"

O treino leve desta semana começou de forma bastante estranha. Com vários elétrodos no peito.

Esperava que a herança do meu pai fosse uma fortuna de 9 ou 10 dígitos, apartamentos, casa na praia, na serra... (*) Mas não, herdei a hipertensão.
Em função da pressão alta já passei um dia inteiro com o medidor de pressão automático no braço e tenho que fazer visitas regulares ao cardiologista. (tb corredor, sei que tem, ao menos, duas meias maratona nas costas).
Ontem tive que fazer um eletrocardiograma de esforço. Este exame serve para avaliar o coração sob condições de estresse. O teste é bem simples: aumenta a velocidade, aumenta a inclinação e a cada novo estágio uma medição de pressão. No final, o resultado do exame foi a ratificação dos outros diagnósticos do cardiologista, tenho a pressão alta, mas não preciso tomar remédios e tenho que cultivar os bons hábitos para continuar assim. Isso tudo com apenas 27 anos.
Ao acabar o teste, já estava aquecido e com a farda da corrida. Ouvi todas as recomendações e saí para terminar a corrida na redenção, de baixo da chuva das 16h.
A situação mais interessante aconteceu depois da corrida. Não podia entrar encharcado no carro, então tive que me trocar na rua, na frente do carro. Imaginem passar por uma rua do Menino Deus e ver um cara só de toalha na cintura. Que cena ridícula. Me lembrou esta campanha publicitária da Adidas, de 99 e 2000, que vi em algum blog. "Runners, yeah, we're different."


(*) A herança não será tão polpuda assim, só quero que demore muito para herdar o patrimônio do meu pai. Quero o velho vivo e forte por muitos anos.


Vejam todas, vale a pena! Qual outra coisa diferente que vocês fazem em função da corrida?



Vamo, Macacada!!! Lugar de Colorado nessa quinta é no Gigante! Precisamos da REcopa para ganhar a Copa do Brasil!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Dever não cumprido

Há quatro semanas fiz um post comentando sobre o cumprimento do treino planejado para a (meia) Maratona Internacional de Porto Alegre. Naquele dia, comentei sobre os últimos três treinos, sobre a canelite que voltou em função do volume e que restava esperar até a hora da prova, visto que o que deveria ser feito, já tinha sido feito.
O post de hoje é bem diferente.
No embalo de uma boa estréia nos 21,1km (boa para um guaipeca como eu), fiz a inscrição para a etapa de inverno da Adidas. Eu e a patroa, como sempre.
Do dia 24 de Maio até hoje, foram apenas duas corridas, a primeira de 9km e a segunda de 10,6km. Diante de tão pouco treino, o objetivo para a prova é apenas completar em menos de 50min. Tenho condições de fazer em menos tempo, mas as conseqüências deste tempo menor (que tb não seria lá grande coisa) seriam muito maior que o “mérito” de terminar em menos tempo.
Estou tentando influenciar minha mulher para ir junto comigo e batermos o tempo dela. Tomara que eu consiga, pq durante a corrida são grandes as chances de eu me emocionar e passar dos limites das minha canelinhas. O fato dela tentar me acompanhar é meio estranho, pq no verão de 2007-2008 era ela quem diminuía o ritmo para eu alcançá-la. Na época ela tava na ponta dos cascos, se ela tivesse o “eye of tiger” alguns troféus a mais estariam em casa.

Abraços e até domingo.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ultrapassando o Limiar

Escreverei sobre algo que não domino, então perdoem se a bobagem for ainda maior que todo o resto do conteúdo deste blog.

O limiar anaeróbio (LV2) é o momento onde ocorre a troca de predominância da via energética aeróbia para anaeróbia. Corredores treinam para que esse momento aconteça na velocidade mais alta possível, visto que acima dessa velocidade (depois de passado o LV2) o corpo não consegue mais metabolizar todo lactato gerado pelo esforço e a “quebra” estará próxima.
No entanto, o limiar a que se refere o título desse post é outro, e infelizmente estou ultrapassando o tênue limiar da viadagem.
Estou em pleno tratamento da canelite e para isso tenho que reduzir drasticamente o impacto nas minhas canelinhas. Só a corrida de domingo (e bem leve) foi poupada. Os dois aeróbicos sem impacto que me restam são bicicleta ergométrica e transport. Esse último parece mais com a corrida além de ser mais árduo, segundo minha percepção, então optei por ele.
Na academia onde freqüento só as gurias usavam estes aparelhos. E agora eu os uso tb. Durante muito tempo enchi a boca para dizer “aeróbicos catabolizam” e como almejava o anabolismo passava longe “desses vilões”. Se naquela época “aeróbicos catabolizavam”, aeróbicos no trasnport eram o que havia de menos másculo no mundo, beirando a viadagem.
O mundo dá voltas. Há três semanas esse ex-marombeiro pregador dos malefícios dos aeróbicos é o assíduo usuário do transport, com a língua bem mordida.
..

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Boa educação

Essas coincidências da vida... Ontem aconteceu algo que o post desse blog comenta. Decidi escrever tb sobre isso.
Por volta das 13h estava entrando no estacionamento do Nacional do Iguatemi e parei para um corredor passar e três coisas vieram a minha cabeça.
1) Outro carro tb parou, um só corredor "fez" dois carros pararem. Poucas vezes isso aconteceu em Porto Alegre. Muita educação ou dois corredores dirigindo? Ou um corredor e um metido a corredor (eu)?
2) Muita educação mostrou o corredor, simplesmente levantou os dois dedões e apontou para mim e para o outro motorista. Simples, fácil e como tem que ser.
3) Não parei só por educação, parei por dois outros motivos: 1º gosto de me sentir educado, quando tem gente comigo costumo me gabar até; e 2º gosto quando outros motoristas param para que eu não precise mudar o ritmo da minha corrida. E isso é raro. Quando acontece, faço questão de mostrar gratidão para que esse educado motorista faça isso mais vezes.
Mas quando não acontece faço questão de mostrar minha discordância. Aquelas listras pintadas no chão dão a preferência ao pedestre, caso os motoristas não saibam. Muitas vezes motoristas avançam sobre a faixa para andar meio metro e parar novamente, isso quando não param em cima... lixam-se para o pedestre. Mostro a eles que os acho mal educados, falando que na faixa não pode parar ou sendo irônico e os chamando de "educados".
Tenho certeza que se todos começarem a praticar, ao menos, um único (saliento pq é rídiculo fazer um só) ato de educação por dia, nossa corrida será muito melhor, o treino dos ciclistas tb, assim como o trânsito... enfim o dia te todos.
Edição:
Hj, duas horas depois de escrever sobre educação ao trânsito passo por isso. Ao término de uma loucura que faço na Redenção (algo entre fartleck e intervalado), estava atravessando a Venâncio Aires pela Osvaldo Aranha, ali os carros acabam ficando completamente parados no cruzamento. Me aproveitei disso para passar por entre eles e entrar na calçada só em frente à galeria. O motorista de um fox preto me viu e quando eu estava passando em frente ao carro, arrancou e freiou. Ficou claro que era uma demonstração de poder, que ele estava me recriminando por estar passando a três metros da faixa de segurança. Cada uma que aparece...
Editado as 20:04