POA Night Run

Tinha tudo para dar errado, mas bati meu recorde.

Depois de meu melhor tempo na Corrida do SESC, estava decidido a correr a POA Night Run sem pretensões de tempo. Só me cobraria por tempo, caso me sentisse muito bem.
Às 13h minha família tomou a decisão por mim. Decidimos comemorar a apresentação de final de ano da escola da minha filha no Dado. Comi feito um touro, passei a tarde me sentindo estufado, pesado... Tentei ocupar a tarde para ver se a sensação passava.
Para agravar nos atrasamos, estacionei o carro as 20:15, mal deu tempo de colocar o chip e ir para a linha de largada. Mas nesse quesito a organização ajudou os atrasados, conseguiram atrasar quase 20 minutos. Os corredores rápidos de 5km passaram mais tempo esperando que correndo.
Resumindo os pontos contrários para um bom rendimento: prova noturna (costumo render melhor durante a manhã), não fiz a refeições da melhor maneira possível e o meu atraso, que impediu o aquecimento.
No entanto, correr não é matemática, a soma de variáveis negativas não implica em um resultado pior.

Depois dos vinte minutos esperando, saí com a massa, não pretendia bater meu recorde, mas não queria passar de 46’. Fiz o primeiro quilometro em 4’:33’’, o túnel sensorial, que ficava logo depois da placa de 1km, deixou um pouco a desejar e o desânimo dos funcionários da organização sentados no chão tb não ajudou muito. Não lembro em quanto fiz o segundo, mas quando passei a placa de 3km com 12’:45’’ (parcial dez segundos mais rápida que na Corrida do SESC) vi que algo de bom poderia acontecer.
Continuei sentando lenha, mesmo com a sensação que o almoço iria voltar a qualquer momento.

Consegui aproveitar bem as tangentes nessa prova, na Perimetral enquanto a maioria se manteve a esquerda, antes da meia-volta, fiquei próximo ao meio-fio da direita e economizei alguns metros. Assim como na rótula das tetas, aproveitei a tangente, embora nessa mais pessoas tb fizeram bem a curva.
Na João Goulart (por volta dos quilômetros 3,5 a 4,5) ficou muito estreito, acabavam surgindo os paredões de corredores. Ficava difícil ultrapassar naquele local. No entanto, estavam num bom ritmo.


Foi uma corrida sem muito relógio, normalmente lembro das parciais dos km, essa vez não. Estava tão ofegante e lembrando tanto do almoço que nem no pórtico dos 5km olhei o relógio.
E mesmo assim, cruzei a linha dos 10km com 44’:’10’’ brutos. Tempo líquido 43’:50’’. Meus 10km mais rápidos.
Em outro post comentei que meu km era 2 segundos mais rápido pela manhã. Agora meus 10km são 46 segundos mais rápidos pela noite.
Acho que o treino louco que invento não é tão louco assim, e tem dado algum resultado.


Até fui citado em um blog que leio, o Medalha, sombra e água fresca, segundo o autor sou o guri com a camisa do HMV.